Poluição do ar

 

De entre os vários fenómenos que podem ocorrer devido à poluição atmosférica, destacam-se os seguintes: 

- Efeito de Estufa;
- Rarefacção da Camada de Ozono.

 O Efeito de Estufa

Os gases naturais que existem na atmosfera formam uma cobertura, que funciona como um vidro de uma estufa, permitindo que a luz do Sol que chega à Terra não se perca toda para o exterior. Esta cobertura de gás mantém o calor junto à superfície e aquece a atmosfera, funcionando como uma estufa.
É este efeito de estufa que, quando funciona normalmente, mantém o nosso planeta quente, permitindo a vida na Terra.

Efeito de Estufa

Causas do Efeito de Estufa

A destruição das florestas e o excesso de Dióxido de Carbono (CO2), expelido pelos automóveis e indústrias, estão na origem do aumento do efeito de estufa. A acumulação de CO2 não permite que a Terra liberte a percentagem de calor necessária, para manter a estabilidade a nível da temperatura. Esta acumulação vai funcionar como um potente filtro que permite a entrada das radiações solares, mas não deixa que o calor saia.

Consequências do efeito de estufa

O aumento da temperatura terrestre pode provocar importantes alterações climáticas, em todas as regiões da Terra.

Este aumento da temperatura provoca a redução/degelo dos glaciares polares, originando, consequentemente, o aumento gradual do nível das águas. As zonas litorais poderiam ficar submersas.

O aumento da temperatura nas regiões desérticas e secas provocariam ainda maior secura, provocando fome e mortes.


  Rarefacção da Camada de Ozono

A Camada de Ozono localiza-se na Estratosfera entre os 20 e os 35 Km, mas com uma forte concentração aos 28 km.

O Ozono (O3) é um gás composto por três átomos de Oxigénio, que impede a passagem para a Terra de grande parte das radiações ultravioletas (UV) emitidas pelo Sol.


Causas da destruição da camada de Ozono

São diversas as substâncias químicas que reagem com o Ozono, destruindo-o.

O conjunto de poluentes susceptíveis de destruir a camada de Ozono inclui óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos escapes dos veículos e o dióxido e monóxido de carbono libertados pela combustão do carvão e do petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de Ozono, nada se compara ao grupo de gases designados por Clorofluorcarbonetos, os conhecidos CFC’s.

Os CFC’s encontram-se nos gases utilizados em aerossóis (sprays), solventes químicos, sistemas de refrigeração (ex.: frigoríficos), ar condicionado, embalagens de plástico, chips de computador e no fabrico de diversos materiais.

Trata-se de compostos muito estáveis que não se degradam facilmente na atmosfera; mas, quando estas moléculas são expostas à radiação ultravioleta são transformadas em moléculas activas que libertam os átomos de Cloro destruindo a Camada de Ozono.


Consequências da destruição da camada de Ozono

A destruição da camada de Ozono permite a passagem das radiações ultravioletas até à Terra, provocando um aumento na temperatura terrestre e favorecendo o aumento do efeito de estufa.

Estas radiações são prejudiciais aos seres vivos: no Homem provoca o aumento de doenças na pele, podendo mesmo originar cancros, problemas de visão (cataratas) e tumores na cabeça. Afecta, também, a fauna e a flora, já que diminui a capacidade de fotossíntese nas plantas, afectando as espécies animais.


 

Camada do Ozono
A destruição da camada de Ozono provoca a passagem de maior quantidade de radiação para a Terra

 

 

A poluição originada em todo o planeta é espalhada pelas correntes de vento e toda a atmosfera é atingida, sendo a Antártida, no Pólo Sul, a região mais afectada pela destruição da camada de Ozono.

Devido às baixas temperaturas que se fazem sentir naquela região, a poluição não circula para fora, concentrando-se naquela região. O longo Inverno (com poucos raios solares) faz com que os CFC’s se acumulem.

Quando chega o Verão, os raios do Sol, ou seja, a radiação ultravioleta, começam a quebrar os CFC’s, libertando grandes quantidades de Cloro na atmosfera, que destroem rapidamente o Ozono, criando o buraco.

A camada de Ozono também diminui noutras regiões do mundo, mas na Antártida essa diminuição é maior.

 

A poluição atmosférica é o efeito provocado na atmosfera por diferentes elementos sólidos, líquidos, ou gasosos, provenientes sobretudo da actividade do Homem.

Os problemas mais graves de contaminação do ar surgem nas cidades e áreas com um grande nível de industrialização, embora cada vez mais se generalizem por todo o planeta, facto que merece a nossa preocupação.

 

 

A poluição do ar nas áreas urbano-industriais, ocorre devido ao facto de estas regiões serem as que possuem mais focos de poluição, como os escapes dos automóveis (que emitem grandes quantidades de gases poluentes), os aquecimentos domésticos, os fumos industriais e outros, os incêndios florestais e as pulverizações com pesticidas.

Outros factores que também contribuem para a poluição atmosférica são: as características climáticas de cada região, a posição geográfica e os ventos dominantes.

Os espaços propícios para a concentração da poluição atmosférica são os locais afastados do litoral e regiões abrigadas (pouco ventosas), nestes locais existe uma maior concentração de poluição, pois o ar não se movimenta e os gases acomulam-se.

Os espaços desfavoráveis para a concentração da poluição atmosférica são as regiões litorais ou montanhosas, onde o ar é ascendente, nestes locais existe uma menor concentração de poluição.

Nos países desenvolvidos verifica-se uma maior concentração de poluição atmosférica, devido ao grande nível de industialização e ao modo de vida das pessoas que utilizam demasiado os automóveis, os CFC’s, etc. No entanto este problema cada vez mais se estende aos países em desenvolvimento, devido a esses países começarem a utilizar cada vez mais automóveis e a ter cada vez mais fábricas.